
O Banco Central do Brasil surpreendeu o mercado cripto: o projeto Drex, que muitos viam como o futuro do Real digital, mudou radicalmente de rumo. A infraestrutura baseada em blockchain (Hyperledger Besu) será desligada em 10 de novembro de 2025, segundo fontes próximas ao processo.
O Que Motivou o Fim da Versão Blockchain do Drex
As razões são técnicas e estratégicas. Segundo o BC, as soluções de privacidade testadas não entregaram o nível de segurança ideal para produção. Forbes+1 A decisão marca o abandono da descentralização: a fase 3 do projeto será voltada para uso de colaterais, com ativos tokenizados servindo como garantia para operações de crédito. KuCoin+2MEXC+2
Esse reposicionamento representa uma guinada para tornar o Drex mais pragmático — focado em infraestrutura financeira, não mais em contratos inteligentes complexos. Forbes+1
Reações e Frustrações do Mercado
A notícia causou frustração entre entusiastas da web3 e especialistas em CBDC. Muitos viam no Drex uma oportunidade para inovação com blockchain, mas agora questionam o caminho tecnicamente simplificado que o BC adotará. Cointelegraph+1 Já outros setores enxergam a mudança como uma evolução lógica: entregar algo funcional primeiro, antes de retomar ambições descentralizadas mais complexas. CryptoNews+1
E Agora? O Futuro do Drex
Apesar da interrupção da infraestrutura blockchain, o Banco Central afirma que o objetivo final permanece: tokenizar ativos e permitir liquidações em Drex. KuCoin+1 A fase 3 promete ser decisiva, com foco em garantias e crédito, mas a tecnologia subjacente deve ser repensada — e uma nova solução pode surgir.
Enquanto isso, o BC garante que a plataforma Drex anterior era apenas um piloto, e que a evolução será gradual e cautelosa. KuCoin+1
Impacto na Vida das Pessoas
Para o cidadão comum, as promessas iniciais de uso de contratos inteligentes, pagamentos instantâneos com privacidade total e integração com carteiras digitais foram substituídas por uma visão mais funcional. Transações programadas e tokenização podem vir, mas não mais sob a bandeira de uma blockchain pública ou aberta.
Além disso, o Drex não vai abolir o dinheiro em espécie, como o BC esclareceu oficialmente. Serviços e Informações do Brasil O real físico seguirá existindo e a moeda digital atuará como uma camada adicional — não como substituto total.
Concluindo
O Drex, idealizado como uma CBDC blockchain ambiciosa, entra em uma nova fase. O desligamento da plataforma atual revela que os desafios técnicos eram mais complexos do que muitos imaginavam. A estratégia agora gira em torno de colateralização e crédito tokenizado, com menos foco em descentralização imediata.
Essa reviravolta gera dúvidas legítimas, mas também abre espaço para um projeto mais realista: funcional, regulado e com chance de entregar valor prático antes de voltar à utopia da blockchain total. Investidores, entusiastas de cripto e cidadãos devem acompanhar de perto essa transformação — porque, apesar das frustrações, o Drex ainda pode moldar o futuro da economia digital brasileira.



O recente anúncio do Banco Central do Brasil sobre o desligamento da plataforma Drex pegou muitos de surpresa. De acordo com fontes do InfoMoney, a infraestrutura usada nas fases 1 e 2 — baseada em Hyperledger Besu — será desativada por “problemas de privacidade e segurança”. InfoMoney A mudança demonstrou que o projeto evolucionará para algo mais pragmático e menos idealizado.
Segundo reportagem do Cointelegraph Brasil, o BC optou por recomeçar a arquitetura do Real Digital quase do zero, e ainda não está definido se a nova versão usará tecnologia blockchain. Cointelegraph Já a Finsiders Brasil relata que a decisão foi tomada após quatro anos de testes: a estabilidade exigida para operações financeiras não foi alcançada com a tecnologia atual. Finsiders Brasil
Especialistas citados pelo Obrasilianista apontam que essa guinada pode indicar uma virada estratégica: ao priorizar casos de uso relevantes — como tokenização de ativos, garantias de crédito e interoperabilidade com Pix e Open Finance — o BC estaria adotando uma abordagem menos “visionária” e mais funcional. O Brasilianista Esse reposicionamento certamente frustrará entusiastas da Web3, mas pode atrair investidores que buscam utilidade prática em vez de apenas descentralização.
Além disso, conforme reportagem da KuCoin, o banco central planeja focar em colaterais: a nova arquitetura do Drex privilegiará ativos tokenizados como garantias de crédito. KuCoin Esse direcionamento sugere que o Drex ainda tem futuro, mas como uma rede financeira regulada, não como uma plataforma aberta de contratos inteligentes.
Por outro lado, analistas também destacam riscos. A decisão de abandonar a blockchain na versão atual reflete os desafios técnicos de manter privacidade em um sistema regulado, o que é apoiado por documentos oficiais do BC. Banco Central do Brasil+1 Outros, como o pesquisador Bruno César Araújo, via IPEA, já alertavam para problemas de governança, custo operacional elevado e a necessidade de maior flexibilidade institucional. Repositório IPEA
Do ponto de vista da sociedade, o desligamento da plataforma Drex gera duas reações principais. A primeira é de insatisfação entre os desenvolvedores de blockchain e entusiastas de cripto: muitos acreditavam que o Drex poderia dar um salto importante para inclusão financeira e inovação. Já a segunda visão, mais pragmática, celebra a decisão como uma evolução natural: construir primeiro casos de uso sólidos — antes de retomar ambições tecnológicas mais ambiciosas.
Para o Brasil, o futuro do Drex será definido agora por duas frentes: a tecnológica, com escolha de nova infraestrutura, e a de negócios, com foco em modelos financeiros reais, sustentáveis e regulados. Se o plano se concretizar, o Real Digital pode se tornar uma ferramenta poderosa de tokenização e crédito, mas o caminho será mais lento e racional — bem diferente da promessa original de uma blockchain “aberta” para todos.
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