crise dos ceos
Nos últimos meses, o mercado financeiro brasileiro foi abalado por uma verdadeira crise silenciosa envolvendo os Certificados de Operações Estruturadas (COEs) — produtos oferecidos por grandes instituições como XP Investimentos e BTG Pactual.
Prometidos como aplicações “protegidas”, muitos investidores descobriram, da pior forma possível, que proteção não é sinônimo de garantia. O resultado? Milhões em prejuízos e um alerta vermelho sobre a falta de compreensão dos riscos no mercado.
💼 O que são COEs e por que parecem seguros
O COE combina diferentes ativos em um único pacote — ações, moedas, índices e títulos de crédito.
Na teoria, é uma forma de participar de ganhos de mercado com risco controlado. Mas na prática, o risco depende da estrutura do contrato e da saúde financeira do emissor.
👉 Em outras palavras: proteção de capital não é certeza de reembolso.
Se a empresa emissora enfrenta dificuldades financeiras, o investidor pode perder parte — ou até todo — o valor investido.
⚠️ Ambipar e Braskem: o colapso que acendeu o alerta
Casos recentes com COEs lastreados em dívidas da Ambipar (gestão de resíduos) e da Braskem (indústria petroquímica) expuseram o risco desse produto.
Quando os títulos dessas empresas perderam valor, as cláusulas de vencimento antecipado foram acionadas automaticamente, encerrando os investimentos sem aviso prévio.
Os resultados foram alarmantes:
- COEs da Ambipar pagaram apenas 6,88% do capital investido.
- COEs da Braskem renderam entre 26% e 36%.
👉 Promessas de segurança que se transformaram em pesadelos financeiros.
📉 Por que os COEs podem falhar
Os COEs possuem gatilhos automáticos de encerramento. Se o ativo de referência cai abaixo de um certo nível, a aplicação é finalizada — e o investidor recebe o valor de mercado do título, quase sempre inferior ao capital inicial.
Portanto, é fundamental compreender que:
Proteção parcial não significa segurança total.
Antes de aplicar, analise:
- Quem é o emissor?
- Quais são os ativos de referência?
- Existem gatilhos de perda?
- O COE tem cobertura do FGC? (🚫 Não tem!)
⚖️ O problema da transparência
O grande erro não está apenas no produto, mas na forma como ele é vendido.
Muitos investidores receberam apenas o lado bonito da história, sem acesso a cláusulas técnicas ou simulações realistas.
Especialistas defendem que a CVM exija uma linguagem mais clara e relatórios independentes sobre esses produtos.
💬 “Esses produtos chegaram a investidores sem preparo técnico. Eles confiaram na promessa de proteção total, mas não receberam informações completas sobre cenários de risco.”
— Eduardo Silva, presidente do Instituto Empresa.
💬 “O desequilíbrio entre a sofisticação dos COEs e a compreensão do investidor médio é enorme. Falta educação financeira, e sobra comunicação equivocada.”
— Jeff Patzlaff, planejador financeiro.
🚫 COEs não têm proteção do FGC
Diferente de CDBs e LCIs, os COEs não possuem cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Ou seja, se o emissor quebrar, o prejuízo é total.
Essa fragilidade ficou evidente com os COEs da Ambipar e Braskem, e levanta uma lição: não confie cegamente em promessas de segurança sem entender a estrutura do investimento.
📊 Um mercado que cresce — e exige cautela
Mesmo após os prejuízos, o mercado de COEs segue em expansão.
Segundo dados da B3, o volume negociado em 2024 chegou a R$ 90 bilhões, sendo 15% composto por COEs de crédito — justamente os mais arriscados.
Enquanto o interesse cresce, aumenta também a necessidade de educação financeira e análise crítica antes de aplicar o dinheiro suado.
💡 Lições essenciais para investidores
✔️ Proteção não garante retorno absoluto — leia contratos com atenção.
✔️ COEs não têm FGC — todo o risco é do investidor.
✔️ Estude o ativo subjacente — entenda quem está por trás do COE.
✔️ Busque informações independentes — não dependa apenas de assessores.
✔️ Diversifique sempre — evite concentrar capital em produtos complexos.
🧭 O conhecimento é sua verdadeira proteção
A crise dos COEs da Ambipar e Braskem é um sinal de alerta para todos os investidores brasileiros.
Quem entende o mercado, estuda os riscos e desenvolve uma mentalidade financeira sólida, investe com mais segurança e lucra com consciência.
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