
Bitcoin Enfrenta o Pior Mês
O mercado de criptomoedas atravessa um dos períodos mais tensos dos últimos anos. O Bitcoin, maior ativo digital do mundo, caminha para registrar sua pior performance mensal desde a crise que devastou o setor em 2022, quando projetos como TerraUSD entraram em colapso e desencadearam uma série de falências corporativas.
Nesta sexta-feira, o Bitcoin chegou a recuar 6,4%, sendo negociado nas proximidades de US$ 81.629. O movimento não foi isolado: o Ethereum caiu mais de 7%, tocando níveis abaixo de US$ 2.700, enquanto diversas altcoins acompanharam o tom negativo.
Esse cenário reforça o momento de aversão ao risco, ampliado pela queda das bolsas europeias e pela cautela dos investidores globais diante de incertezas macroeconômicas.
Queda Mensal Mais Forte Desde Junho de 2022
Segundo dados consolidados pela Bloomberg, o Bitcoin já perdeu aproximadamente 25% de seu valor somente em novembro — o maior recuo mensal desde junho de 2022. Naquela época, o colapso da stablecoin TerraUSD, de Do Kwon, gerou uma reação em cadeia que atingiu empresas como Celsius, Voyager e, por fim, culminou na quebra da exchange FTX, de Sam Bankman-Fried.
Mesmo com:
- Casa Branca pró-cripto sob o governo de Donald Trump
- Crescimento da adoção institucional
- Entrada contínua de capital em produtos regulados
… o Bitcoin acumula queda superior a 30% desde que atingiu sua máxima histórica no início de outubro.
A Gota D’Água: US$ 19 Bilhões em Liquidações
O movimento de baixa se intensificou após um episódio crítico no dia 10 de outubro, quando US$ 19 bilhões em posições alavancadas foram liquidadas em poucas horas. Esse evento provocou um choque de liquidez que reduziu em cerca de US$ 1,5 trilhão o valor total do mercado cripto.
Nas últimas 24 horas, dados da CoinGlass mostram que mais US$ 2 bilhões em posições foram encerradas, evidenciando forte pressão vendedora e ausência de compradores dispostos a assumir risco no curto prazo.
Sentimento em “Medo Extremo”
O índice de sentimento do mercado cripto atingiu seu nível mais baixo desde 2022. Construído a partir de métricas como volatilidade, volume, momentum e comportamento de derivativos, o indicador aponta “extreme fear”.
Há pouco mais de um ano, após a vitória de Trump, o mesmo índice estava em 94 pontos, considerado “ganância extrema”. Hoje, a reversão é completa.
Institucionais Saem de Cena
A postura dos investidores institucionais também preocupa. Um conjunto de 12 ETFs de Bitcoin listados nos EUA registrou US$ 903 milhões em saídas líquidas na quinta-feira — o segundo maior fluxo negativo desde o lançamento desses produtos em janeiro de 2024.
Além disso:
- O open interest em futuros perpétuos caiu 35% desde o pico de outubro (US$ 94 bilhões).
- Gestores e fundos permanecem em modo defensivo.
Segundo Pratik Kala, gestor da Apollo Crypto, “a sensação geral é extremamente pessimista, e há indícios de um grande vendedor operando no mercado, embora a profundidade dessa pressão ainda seja incerta”.
Michael Saylor e o Risco para a Strategy Inc.
A pressão sobre o mercado também coloca holofotes sobre a Strategy Inc., empresa controlada por Michael Saylor e conhecida por ser a maior compradora corporativa de Bitcoin no mundo.
Analistas apontam que:
- Uma queda mais acentuada poderia acionar chamadas de margem sobre as posições alavancadas da companhia.
- O mNAV, métrica que relaciona valor de mercado e reservas de BTC, caiu para apenas 1,2 — um dos menores níveis desde que a empresa adotou sua política agressiva de acumulação.
Relatório do JPMorgan alertou, ainda, que a Strategy pode perder lugar em índices como MSCI USA e Nasdaq 100, decisão que deve ser anunciada até 15 de janeiro.
Copycats Sob Pressão
Empresas que imitaram a abordagem de Saylor — acumulando grandes quantidades de Bitcoin como ativo de tesouraria — agora enfrentam desafios similares. Organizações como:
- Sequans Communications
- ETHZilla
- FG Nexus
… já começaram a vender parte de seus Bitcoins para financiar recompras de ações, tentando conter a queda nos preços de seus próprios papéis.
Perspectivas: O Mercado Ainda Não Encontrou um Piso
Com:
- Baixa liquidez
- Pressão vendedora elevada
- Saída de institucionais
- Sentimento de medo extremo
… o mercado pode seguir volátil até que novos catalisadores apareçam — como decisões do Federal Reserve, dados de inflação ou anúncios regulatórios relevantes.
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Fontes de Referência Utilizadas
- Bloomberg News (Sidhartha Shukla, reportagem de 21 de novembro de 2025)
- CoinGlass — Dados de liquidações e sentimento de mercado
- JPMorgan Chase & Co. — Nota para investidores sobre Strategy Inc.
- MSCI Indexes — Critérios de inclusão e exclusão
- Dados de mercado público (Bitcoin, Ethereum e ETFs)
O Que Este Ciclo de Queda Revela Sobre a Maturidade do Mercado Cripto
O atual desempenho negativo do Bitcoin não ocorre isoladamente. Ele representa um ponto de inflexão importante: a consolidação da maturidade do mercado cripto diante de movimentos mais rápidos, dados mais transparentes e fluxos institucionais cada vez mais estratégicos.
No passado, quedas semelhantes estavam associadas quase exclusivamente a falhas internas de projetos ou fraudes corporativas. Em 2025, a dinâmica é diferente. A reação do mercado mostra que ativos digitais já fazem parte de um ecossistema global integrado, altamente sensível a políticas monetárias, movimentos de liquidez e decisões de grandes gestores.
A Nova Leitura do Investidor: Menos Especulação, Mais Gestão de Risco
A queda atual destaca o quanto o investidor moderno está mais consciente sobre:
- níveis de alavancagem;
- dados de derivativos;
- fluxo de ETFs e instituições;
- movimentações de grandes baleias;
- comportamento técnico de longo prazo.
Essa nova postura torna o mercado mais “adulto” e menos suscetível a pânicos imediatos, apesar da volatilidade. Porém, também cria reações em cadeia mais rápidas quando índices de liquidações disparam — como observado neste mês.
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